É com muita alegria que estamos recebendo seu filho para estudar na Escola Infantil Visconde de Sabugosa.
O principal objetivo desse documento é expor para os pais, em linhas gerais, as normas, o funcionamento e o desenvolvimento do trabalho com os alunos que se encontram no período de adaptação.
A adaptação é o processo que a criança e sua família vivenciam para assimilar esta nova realidade. Neste período, é essencial a construção de um vínculo de confiança e respeito, que gere afeto, fator determinante para uma adaptação tranquila e segura.
O início da vida escolar é um marco para qualquer criança: é a ampliação do círculo familiar e a introdução num ambiente mais amplo e desconhecido. Estes primeiros passos na vida escolar são de fundamental importância para o êxito da longa caminhada de estudos.
Os pais são a referência mais importante para a criança. Portanto, devem estar seguros de que fizeram uma boa escolha, e que é o momento certo da criança nela ingressar, passando para ela segurança e tranquilidade.
Os pais, uma vez que já decidiram, não queiram proteger o filho além de sua exigência, nem demonstrar expressões de dó ou pesar. Superproteção não é sinônimo de afeição ou amor, pois, impede a autonomia da criança, tornando-a mais frágil e insegura, com menor possibilidade de tomar decisões futuras.
PERÍODO DE ADAPTAÇÃO
O Período de Adaptação se caracteriza pela entrada da criança na Escola e pelo seu desligamento, durante um determinado tempo, da sua casa e da família, lugar onde tem toda a atenção voltada somente para ela.
A adaptação é um momento muito importante e especial, pois a criança ingressa num meio social mais amplo, desconhecido, confrontando-se com um ambiente que ainda não domina e, consequentemente, não lhe é familiar, o que pode gerar insegurança e medo.
Por isso, antes de iniciar o período de adaptação, é importante que converse com ela sobre o novo espaço e as atividades que ela terá. Comente com moderação, evitando criar expectativas e deixá- la insegura.
A conquista da autoconfiança de seu filho surge de uma separação bem conduzida.
O período de adaptação surge da seguinte forma:
Inicialmente, a criança permanecerá na escola com um horário reduzido, que varia de criança
para criança e que será combinado com a professora ou coordenadora.
O seu tempo de permanência aumentará gradativamente de acordo com o processo de
adaptação. Esse horário vai sendo ampliado à medida que a professora percebe que ela está bem e tranquila. É um momento único e deve ser avaliado individualmente.
Para inseri-la na rotina escolar, inicialmente a criança participará de atividades diversificadas, com horários curtos e flexíveis e em espaços diferentes, optando a maioria das vezes por espaços abertos. Nesse período prioriza-se a confiança da criança com o espaço físico, com os colegas e a professora, para só depois investir em uma rotina juntamente com a formação de hábitos.
Durante o período de adaptação, os pais ou outros responsáveis não ficam dentro da sala de aula com a criança. Eles poderão aguardá-la fora da escola ou num local determinado pela coordenação. A professora ou coordenadora dará, diariamente, à família, um retorno sobre como a criança ficou durante o horário das aulas.
É essencial a frequência da criança na escola. Não permita que seu filho falte quando quiser ou por motivos simples. Faltas ou atrasos
prejudicam o processo de adaptação.
ADAPTAÇÃO ESCOLAR
Educadores, crianças e famílias constroem vínculos, aprendendo a conviver, por isso é muito importante que os pais confiem na escola. Quando se sentem inseguros, esse sentimento é transmitido à criança. Pais tranquilos e firmes fazem com que a criança enfrente melhor a nova situação. Portanto, devem despedir-se do filho dizendo que voltarão para buscá-lo. Este procedimento gera segurança e acelera a adaptação do aluno. A criança que se sente enganada quando os pais “desaparecem” sente-se cada vez mais insegura.
A professora da educação infantil tem grande compromisso e responsabilidade nesse “Rito de Iniciação”.
Para isso é preciso, em primeiro lugar, que se estabeleçam relações afetivas significativas entre aluno e professora. Só assim é que irá ajudar no penoso processo de extensão das relações afetivas do lar para a escola.
De início é normal que a criança estranhe o novo ambiente. Mas, aos poucos ela vai se familiarizando com a professora e com os colegas, e passa a reconhecê-los como pessoas em quem possa confiar. Gradativamente desenvolve e integra-se ao grupo, passando a usufruir de todas as atividades e brincadeiras.
Incentive seu filho a procurar ajuda de sua professora ou outro funcionário da escola, quando precisar de alguma coisa, para aos poucos, ir estabelecendo laços afetivos.
Evite recomendações do que ele deva ou não fazer na escola, deixando-o livre para suas descobertas.
É importante que neste processo inicial a escola conheça a história de vida da criança e de sua família. Por isso, pedimos que preencham a ficha individual e envie para a escola, assim participaremos de perto de seus hábitos e de sua vida em casa.
A despedida no portão deve ser breve para auxiliar neste processo de adaptação. Evite olhar para trás e voltar quando a criança chorar.
Uma medida interessante e que favorece a adaptação é quando a criança chora muito “sentida” e a professora diz: _Vamos ligar para a mamãe? (ou a pessoa que a acompanha na adaptação) e logo depois ela chega. Reforçar dizendo à criança: _Viu, quando ficar com saudades eu ligo para a mamãe buscá- lo(a) e logo em seguida ela vem. Este é um ótimo recurso para passar confiança para a criança.
A família em interação com a Escola, desempenha um papel fundamental nesse momento. É indispensável que os pais transmitam firmeza para o filho ao levá-lo para a escola e que sejam sinceros e positivos fazendo com que ele se sinta tranquilo.
Elogiá-lo sempre quando ele tomar atitudes de autonomia como: “entrar na escola sozinho, carregar e responsabilizar-se pelos seus próprios pertences”.
Os pais não devem comparar seus filhos com outras crianças. Cada um tem seu ritmo próprio e formas diferentes de expressar seus sentimentos. Uns apresentam poucas reações de segurança e mostram-se relativamente bem no novo ambiente desde os primeiros dias, outros podem ficar retraídos, chorar e manter-se mais ligados ao acompanhante. Com o passar dos dias vão adaptando-se, mostram-se mais confiantes e tranquilos.
Durante o processo de adaptação todos os profissionais estarão empenhados a dar todo apoio, afeto e atenção ao seu filho.
Os pais poderão, sempre que julgarem necessário, telefonar para a escola buscando notícias do filho. Para isso, basta entrar em contato com a Lílian, na coordenação.
QUAIS AS RESISTÊNCIAS QUE A CRIANÇA PODERÁ TER NESSE PERÍODO DE ADAPTAÇÃO
É importante que saibamos que várias reações poderão ocorrer nesse processo inicial. Por isso cercamos este momento de muito cuidado e carinho, procurando atender afetivamente as famílias. Podem ocorrer mudanças no comportamento: sono agitado, febre, inapetência, choro, agressividade, humor instável e outros.
Choro: compreenda que o choro na hora da separação é esperado e saudável, pois assim ela externa seus sentimentos.
O professor, nesse início, é uma pessoa desconhecida para o aluno. Sua aproximação, respeitando os sentimentos e a maneira de ser de cada um, fará com que a relação de confiança e carinho seja
construída, facilitando, assim, a adaptação. Procure sempre valorizar os educadores que lidam com o seu filho.
Reação atrasada: às vezes as crianças chegam bem à escola, mas passados alguns dias, podem demonstrar reações de choro e insegurança. Quando sentir necessidade, procure apoio da coordenação para esclarecer dúvidas.
Comportamento regressivo: chupar dedo, voltar a usar bico, fazer xixi na roupa pode também ocorrer.
Por fim, “Adaptação é tudo isso: é conquista, conhecimento mútuo, respeito, paciência, confiança, crescimento… Envolve gente, envolve tempo, envolve sentimentos, envolve afeto.”
Atenciosamente,
Lilian de Oliveira Costa
Diretora Pedagógica
